A dor que dói mais...

Não vou entrar em pormenores, mas eu sei na pele o que é se sentir traída, o que é terminar um relacionamento, não porque você não gosta da pessoa e sim por gostar tanto e saber que não vai dar certo.
E todas as vezes em que caí em prantos silenciosos de saudades e de tristezas, fui encontrar forças no local que mais me faz bem: as palavras.
Assim, querida amiga que derrama lágrimas duras no momento (é pra você mesmo e você sabe), divido com você um pouco da minha escritora favorita. Mas só um pouco porque eu sou ciumenta, viu!
E meu ouvido está sempre às ordens para desabafar.

A dor que dói mais (Martha Medeiros)

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Pepsi, se ela continua sorrindo, se ele continua dançando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

By: Patty

2 comentários:

  1. RD VM disse...:

    Bom Bom, vero sei que é p mim ta nem digo sobre o q.

  1. tamy disse...:

    pattyyy
    lindoo esse texto eu ja conhecia...
    realmente essa dor e a q mais doi realmente..
    entaoo nao dxa eu mais sentir dor taa...
    bjoooooooooooo
    queridaaa pattyyyyyyyyyyyyyy

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